segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Qual profissão seguir? Dilemas da Orientação vocacional e profissional

Quando se fala em orientação vocacional e profissional devemos levar em consideração todas as peculiaridades que o tema envolve, há por exemplo, de se considerar o passado, o histórico do indivíduo, e verificar quais são as referências que ele tem quando o assunto abordado é o seu futuro profissional, por exemplo, o que viu desde a infância e quais dessas profissões lhe chamaram mais a atenção; não é difícil hoje em dia encontrarmos pessoas que fazem o que não gostariam de fazer, ou que gostariam muito de realizar outro tipo de atividade, mas não tem oportunidade ou condições de realizá-la por diversos motivos.


As dúvidas levantadas pela pessoa são inúmeras, tais como: “O que essa profissão faz?”, “Como posso fazer para executar essa profissão?”, “Será que o mercado de trabalho é promissor nesta profissão?”, “Como as pessoas irão me ver estando nessa profissão?” entre outras perguntas que consomem o raciocínio de adolescentes, jovens e adultos, pois vemos que essa situação acontece com pessoas de todas as idades, em todas as classes sociais, em todos os lugares.


Embora algumas pessoas busquem satisfação no que faz, nem sempre elas conseguem estar cem por cento felizes por imaginarem que o trabalho delas ou que elas estão fazendo não lhes pertence, mas sim, pertence a outra pessoa, ao empregador, ao chefe, a pessoa que lhe contratou, etc. devido a terem o pensamento que estando em um mundo capitalista, estão sendo explorados, trabalhando muito, ganhando pouco e enriquecendo os patrões.


Outras pessoas encontram-se em situação de indiferença, não se preocupando com as questões relacionadas ao futuro profissional, por imaginarem que é algo distante, ou que por mais que realizem algum esforço o futuro delas está traçado e fadado ao o que acontecer, ao que surgir de oportunidades na vida; geralmente podemos ver esse quadro em adolescentes e pessoas que se esquivam de enfrentar a realidade e deixam de ter atitudes proativas para transformar a sua própria vida e meio em que está inserida.


Há ainda aquelas pessoas que se esquivam de enfrentar o mercado de trabalho por medo do desconhecido, não sabe o que vai encontrar pela frente, e portanto, preferem se anular diante da situação, fingir que não existe, e vivem como se as questões relacionadas ao trabalho fosse algo extremamente inútil para se preocupar.


Há pessoas que mesmo exercendo determinada função sentem que não tem vocação para tal, imaginam-se como “peixe fora d’água” e por isso angustiam-se, deprimem-se e acreditam que não há possibilidades de rever esse quadro por diversos motivos, entre eles idade, estabilidade, ganhos financeiros, família, entre outros. Nesse caso vê-se a necessidade dessa pessoa encontrar a sua vocação para que possa então exercer aquilo que goste e lhe satisfaça, caso contrário, precisará fazer um bom sacrifício com muitas “lições de casa” para conseguir se enquadrar na profissão que exerce e viver numa relação mais “tranquila” com a sua profissão.


Por outro lado, vemos a necessidade do mercado de trabalho em ter profissionais cada vez mais qualificados nas mais diversas áreas para que se possa suprir a demanda, e pode-se dizer que o mercado de trabalho também dita as “regras do jogo”, ou seja, quais profissões estão em alta, quais ele procura, quais qualificações ele deseja, e assim exige-se que o profissional de hoje, ou quem quiser entrar no mercado de trabalho, se adapte ao que o mercado oferece tanto em profissões, quanto remunerações, benefícios, escolaridade, qualificações, etc.


Não é difícil encontrarmos também pessoas que atualmente exercem uma função sem ter as qualificações ou competências necessárias para tal, vivem como quem “caiu de pára-quedas” na ocupação que realizam e aí percebemos outros erros, tanto no cenário da contratação ou promoção, como também um problema gerencial. O complicado dessa situação é que todos percebem que a pessoa está no lugar errado, realiza atividades incompletas, não entrega o resultado esperado, comete infrações, prejudica o trabalho da equipe, cometendo erros que podem prejudicar outras pessoas e até ela mesma, porque pode se sentir frustrada por não atingir os seus objetivos pessoais e profissionais, mas pelo fato de ter algum grau mínimo de compatibilidade com a função, permanece, ocupando o lugar de outra pessoa que poderia render mais por ter maior compatibilidade com o cargo.


Outro dilema que vemos no ambiente profissional é o de haver pessoas que por exercerem a função por muito tempo não conseguem enxergar meios para inovar a sua existência profissional, ou seja, se acostuma com a rotina, e isso a impede de enxergar novas oportunidades de desenvolvimento e crescimento profissional, entram em uma onda narcisística e acham que tudo deve funcionar como ela acha, algo parecido como se “tudo gira em torno do Sol” e ela como a estrela maior, todos devem reverenciá-la, inclusive o mercado de trabalho. Infelizmente também percebemos esse cenário em pessoas que procuram o primeiro emprego, recém saídos da universidade, com uma bagagem técnica muito boa, mas, sem a prática e a experiência que o mercado exige.


Não podemos deixar de citar aqui os interesses que cercam as pessoas e que podem influenciar as escolhas das profissões, entre eles o status, o poder, os ganhos financeiros, oportunidade de carreira, e como é um processo de dupla escolha, onde a empresa escolhe o candidato e o candidato escolhe a empresa, tudo isso pode pesar favoravelmente ou não na hora da decisão.


Mediante aos quadros de incompatibilidade da pessoa com a profissão percebemos muitas reações: o abandono do papel ainda que exercendo a mesma função, a migração, a estagnação, entre outras, porém a melhor e a mais adequada solução é a inovação, que dá a oportunidade para a pessoa criar meios alternativos de atender as demandas profissionais.


Tudo isso faz com que a pessoa se pergunte a todo instante: “Eu realmente tenho a liberdade de escolha?”. Como vemos são vários os fatores que justificam a escolha profissional, fatores que podem até mesmo definir essa escolha independente da vocação da pessoa e criar uma identidade profissional não considerando os interesses dela.


Em meio a tantos cenários, atualmente há necessidade de respondermos algumas perguntas se queremos entrar ou permanecer no mercado de trabalho: “Qual é a minha identidade profissional?”, “Como me imagino daqui a algum tempo exercendo essa profissão?”, “Possuo as qualificações e competências necessárias para o exercício dessa profissão?”, “Consigo me adaptar as necessidades dessa profissão?”


Os dilemas da orientação vocacional e profissional permeiam vários cenários, com os seus respectivos problemas, os do mercado de trabalho, os da empresa, e os da pessoa.

domingo, 14 de outubro de 2012

Depoimentos - curso "Práticas de Treinamento & Desenvolvimento"

O curso com carga horária de 8h e certificação, foi ministrado na Universidade de Guarulhos em julho e contou com a participação de profissionais de diversas áreas.
Veja alguns momentos e a opinião de quem participou:



"O curso superou minhas expectativas, sai de lá com outra visão para inovar, fiquei mais motivada!" Simone C. R. Silva

"Um treinamento que apesar de rápido, foi muito enriquecedor. Despertou a vontade de me aperfeiçoar ainda mais e com as trocas de experiências foi possível ter algumas idéias para melhoria das práticas adotadas em meu dia-a-dia. Gostaria de participar de outros treinamentos como esse. Muito obrigada João Carlos." Janaina Oliveira



"Ótimo curso para quem tem a necessidade de adquirir conhecimentos para a area de T&D, além de nos dar a ideia de como é o processo de T&D desde o inicio." Nícia Silva





"Excelente curso! Recomendo a todos aqueles que queiram identificar a "pecinha" que vai nos ajudar a abrir o nosso leque de criatividade no que se diz a respeito de treinar, desenvolver e relacionar-se com pessoas!!! TOP" Daniele Martins

Depoimentos - curso "Mais Atendimento, Mais Vendas!"

Veja a opinião de quem participou do curso:

"A princípio fiz o curso por saber que iria me ajudar com o que eu quero fazer, mas o curso realmente é excelente e superou realmente minhas expectativas, e agora sei que serei um vendedor de qualidade!"



"Antes de realizar o curso + Atendimento + Vendas!, tinha uma outra visão do que era ser uma consultora de vendas, acredito que agora realmente estou preparada para encarar este desafio! Obrigada!"

 
"Superou as minhas expectativas, parabéns!"

sábado, 15 de setembro de 2012

O que realmente tem valor na vida?

Vivendo e aprendendo... Quantas vezes nos preocupamos com situações que nos deixam "antenados" com o que está acontecendo ou o que está por vir? Parece até que mergulhamos no mar da ansiedade e ficamos nadando, nadando, sem rumo algum, sem boia, e parece até que está cheio de "crocodilos" querendo te devorar ao simples descuido nosso. Frequentemente frente à situações adversas ouvimos alguém dizer: "Eu não suporto mais passar por isso!" A pergunta que faço é: "Você precisa realmente passar por isso?" Com todas as circunstâncias que o sujeito vive hoje, quer seja no trabalho, família, escola, universidade, amizades, sociedade em geral, não é raro encontrarmos pessoas que dizem estar doentes de tanto "engolir sapos"; cientificamente comprovado que isso ocorre, quando a boca não fala, o corpo sente, e vemos diversas amostras disso no dia a dia, pessoas insatisfeitas com diversas situações, problemas mal resolvidos, reinvindicações, questionamentos e às vezes sem condições de ter alguém que tenha a sensibilidade de ouvir, de compreendê-la do ponto de vista alheio. O tamanho do problema é de acordo com a magnitude que damos à ele, e vê-se constantemente as pessoas discutindo o problema e não a solução deles, e isso acaba na fórmula do io-io, roda, roda e acaba no mesmo lugar. Buscar a solução é uma questão de escolha igualmente assim como maximizar os problemas; qual é o valor que você tem dado à eles? E se ao invés disso pensássemos em valorizar as relações e os momentos com as pessoas que nos sentimos bem? O dia é hoje, e a hora é agora!
A nossa vida é feita de escolhas, portanto, escolha realizar coisas que te façam bem, que seja gratificante, que o deixem em paz consigo mesmo, que te façam feliz. Não dê valor para coisas insignificantes, ou que te deixem menor, você é maior que tudo isso. Dê valor ao que realmente tem o seu valor... O que tem valor na sua vida? O que faz você feliz?

domingo, 8 de abril de 2012

Além da influência

Segundo o dicionário Aurélio, a influência possui algumas definições, entre elas: a capacidade que a pessoa tem de interferir no comportamento, no desenvolvimento, na vida de outro e, autoridade intelectual ou moral que a pessoa exerce sobre outra.
É muito comum ouvirmos atualmente nas organizações que devemos liderar pela influência, mas até que ponto uma pessoa pode influenciar outra? Quais são os requesitos necessários para que o outro possa fazer exatamente o que o líder quer e com o resultado esperado?
Para responder essas questões precisamos entender uma das definições citadas acima: "autoridade intelectual ou moral que a pessoa exerce sobre outra" - todos os líderes possuem estas características? Certamente não.
Ter autoridade intelectual é dominar todos (ou boa parte) os assuntos relacionados a área de atuação, ou seja, é navegar com tranquilidade nas mais diversas operações que a empresa ou o mercado demandar, e para isso é preciso preparo, conhecimento de causa com experiências vividas na prática sobre os problemas, desafios e rotinas dos principais fluxos de trabalho, além de entender de gente que é primordial.
Quando falamos em autoridade moral nos faz pensar no papel que a pessoa exerce e os comportamentos apresentados que podem ser validados ou não pela a equipe. Tem muito a ver com assertividade, é a correlação que as pessoas fazem entre aquilo que a pessoa fala e o que faz, além de passar também pela comparação entre o líder que está a sua frente e outros líderes de sucesso da empresa ou do mercado.
Como vemos influenciar pessoas não é uma tarefa fácil, e não é em um cafezinho as 17h quase no término do expediente que a pessoa consegue influenciar outra a fazer algo, isso é coerção, "Manda quem pode, obedece quem tem juízo..." já ouviu falar? ou "Vou fazer por sua causa..." a relação pessoal incorpora a relação profissional, e isto pode-se tornar um grande problema pois todos vão fazer as coisas até o momento em que a amizade durar, ou que "não for pago o cafezinho" na lanchonete, ou seja, da mesma forma que o relacionamento pessoal pode favorecer a relação de influência pode se tornar também uma grande armadilha e um verdadeiro atestado de ineficiência dos profissionais que estão envolvidos.
Não quero com isso dizer aqui que a relação entre as pessoas, principalmente líderes e liderados deve ser fria ou distante, muito pelo contrário, acredito que para que haja sinergia entre as partes, uma das características imprescindíveis para o sucesso é o relacionamento interpessoal, mas, para que haja a verdadeira influência é necessário que se ultrapasse os limiares do relacionamento pessoal e mostre o profissional que é juntamente com a sua entrega.
Todos os grandes líderes da história para conseguir influenciar pessoas tiveram que mostrar os seus resultados, seus feitos, caso contrário não teriam seguidores; nós seguimos alguém por quem temos apreciação, isso é ter autoridade intelectual e moral, é liderar além da influência.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Entenda a linguagem corporativa - Parte II


Vamos ajudar você a entender a linguagem corporativa... Mais alguns conceitos para vocês:
Brainstorming - procedimento utilizado em reuniões para ajudar a equipe a criar o máximo de ideias em um espaço de tempo determinado.
BSC – Balanced Scorecard - Sistema de medição do desempenho e controle
gerencial.
BTB ou B2B - Business-to-Business ou comércio eletrônico entre empresas.
BTC ou B2C - Business-to-Consumer ou comércio eletrônico de empresa para o
consumidor.
Budget - orçamento
CEO - Chief Executiver Officer - Diretor Executivo/Superintendente da Empresa - Controller
CFO - Chief Financial Officer - Diretor de Finanças.
CKO - Chief Knowledge Officer - É o Gestor/ Diretor do capital intelectual da companhia.
Coach - facilitador; profissional que realiza o coaching, instrutor; consultor que auxilia o coachee na descoberta das suas capacidades, oportunidades e resoluções das mais diversas situações.
Coachee – pessoa que participa do coaching.
Coaching – processo onde o coach auxiliar o coachee na descoberta de suas capacidades, oportunidades e resoluções de problemas nas mais diversas áreas tais como profissional, pessoal, saúde, carreira, etc. Serve para promover mudança de comportamento e atingir novos resultados.
Core Business - relativo ao próprio negócio ou especialidade no negócio que faz.
Cultura organizacional - formada pelos valores éticos e morais, princípios, crenças, políticas internas e externas, sistemas, e clima organizacional de uma empresa. São “regras” que todos os membros dessa organização devem seguir e adotar como diretrizes e premissas para guiar seu trabalho.
Market Share - participação no mercado.
Outsourcing - tendência de comprar fora (terceiros) tudo o que não fizer parte do negócio principal de uma empresa; termo utilizado também para se referir a subcontratação de serviços.
Supply Chain Management - Gerenciamento da cadeia de abastecimento.
Em breve tem mais...

domingo, 29 de janeiro de 2012

Lidando com a frustração


Atualmente percebe-se que o ser humano tem um grande desafio à superar: o de lidar com as frustrações. Vivemos em um mundo que tudo está ao alcance das mãos rapidamente, não se permitindo passar por todas as etapas inclusive a fase "do fazer", por exemplo, antes se você tivesse vontade de comer uma fruta, você teria que esperar a época da fruta para comê-la, hoje em dia você consegue comê-la em qualquer que seja a estação, se você está com fome, é só ir ao drive-in de um fast-food mais próximo e não precisa nem descer do carro, se tiver vontade de fazer alguma coisa às 3h da madrugada, você encontra várias opções de entretenimento nos grandes centros, o colaborador entra na empresa hoje e em poucos meses já quer ser promovido, entre outros exemplos que vemos no dia-a-dia, ou seja, vivemos no mundo do imediatismo.
Desde que nascemos somos colocados frente à situações onde temos que dar tempo ao tempo para que se resolva todas as situações, quando éramos apenas um feto vivíamos em um ambiente quentinho, tinhamos alimentação, conforto, tudo que um bebê precisa para sobreviver, porém à partir do nascimento, o bebê enfrenta um dos seus maiores desafios: o de nascer, agora tendo que respirar sozinho, enfrenta a mudança de temperatura, é retirado do seu habitat, puxa daqui e dali, e se não chorar ainda leva umas "palmadas" quando chega ao mundo, e, com o passar dos dias o bebê se acostuma com o novo mundo, e dia após dia se desenvolve. Este é um belo exemplo de como lidar com a frutração, é preciso tempo.
A grande questão é: Estamos preparados para lidar com as atuais frustrações?
A verdade é que pulamos etapas na vida, se formos pegar o caso da fruta não houve o processo de plantar, regar, cuidar, desenvolver e colher, simplesmente eu quero, eu como, e pronto. Este é o problema! Não se constrói um edifício pelo topo, mas pela base, e indo mais além podemos dizer que começa no planejamento da obra, na planta, e cada tijolo deve ser erguido ao seu tempo, à partir do momento que a base inferior esteja forte e capaz de sustentar o maior peso que está por vir.
E pergunto: Precisamos de resultados imediatos? Claro. Mas é necessário que não se queime etapas no meio do caminho, caso contrário este resultado não será sustentável, e teremos que retornar à etapas anteriores.
A melhor maneira de lidar com a frustração é compará-la ao o ato de degustar uma mexerica. Ao degustá-la, diferente de uma laranja, não é simplesmente descascar, cortar e degustar, a maioria das pessoas descascam, limpam os fiapos, retiram os caroços, degustam gomo a gomo, sabe qual gomo está doce ou amargo, etc. Vemos aqui que a degustação é feita por partes, e é exatamente isso que precisa acontecer ao lidar com as frustrações! Vamos por parte, ao seu tempo e sem "cabeça quente" tudo se resolve e em qualquer situação.
Enfrentamos frustrações em todos os aspectos da vida, sejam profissionais ou pessoais, porém a forma como lidamos com elas é que vai nos diferenciar, pois cada um tem as suas expectativas, sonhos, limitações, criação e formas de ver o mundo diferentes. O importante é sabermos degustar a mexirica!