Segundo o dicionário Aurélio, a influência possui algumas definições, entre elas: a capacidade que a pessoa tem de interferir no comportamento, no desenvolvimento, na vida de outro e, autoridade intelectual ou moral que a pessoa exerce sobre outra.
É muito comum ouvirmos atualmente nas organizações que devemos liderar pela influência, mas até que ponto uma pessoa pode influenciar outra? Quais são os requesitos necessários para que o outro possa fazer exatamente o que o líder quer e com o resultado esperado?
Para responder essas questões precisamos entender uma das definições citadas acima: "autoridade intelectual ou moral que a pessoa exerce sobre outra" - todos os líderes possuem estas características? Certamente não.
Ter autoridade intelectual é dominar todos (ou boa parte) os assuntos relacionados a área de atuação, ou seja, é navegar com tranquilidade nas mais diversas operações que a empresa ou o mercado demandar, e para isso é preciso preparo, conhecimento de causa com experiências vividas na prática sobre os problemas, desafios e rotinas dos principais fluxos de trabalho, além de entender de gente que é primordial.
Quando falamos em autoridade moral nos faz pensar no papel que a pessoa exerce e os comportamentos apresentados que podem ser validados ou não pela a equipe. Tem muito a ver com assertividade, é a correlação que as pessoas fazem entre aquilo que a pessoa fala e o que faz, além de passar também pela comparação entre o líder que está a sua frente e outros líderes de sucesso da empresa ou do mercado.
Como vemos influenciar pessoas não é uma tarefa fácil, e não é em um cafezinho as 17h quase no término do expediente que a pessoa consegue influenciar outra a fazer algo, isso é coerção, "Manda quem pode, obedece quem tem juízo..." já ouviu falar? ou "Vou fazer por sua causa..." a relação pessoal incorpora a relação profissional, e isto pode-se tornar um grande problema pois todos vão fazer as coisas até o momento em que a amizade durar, ou que "não for pago o cafezinho" na lanchonete, ou seja, da mesma forma que o relacionamento pessoal pode favorecer a relação de influência pode se tornar também uma grande armadilha e um verdadeiro atestado de ineficiência dos profissionais que estão envolvidos.
Não quero com isso dizer aqui que a relação entre as pessoas, principalmente líderes e liderados deve ser fria ou distante, muito pelo contrário, acredito que para que haja sinergia entre as partes, uma das características imprescindíveis para o sucesso é o relacionamento interpessoal, mas, para que haja a verdadeira influência é necessário que se ultrapasse os limiares do relacionamento pessoal e mostre o profissional que é juntamente com a sua entrega.
Todos os grandes líderes da história para conseguir influenciar pessoas tiveram que mostrar os seus resultados, seus feitos, caso contrário não teriam seguidores; nós seguimos alguém por quem temos apreciação, isso é ter autoridade intelectual e moral, é liderar além da influência.